A taxa média de juros subiu pelo segundo mês consecutivo em julho. De acordo com o Banco Central, os empréstimos ficaram mais custosos especialmente para as famílias. Nesse setor, a alta foi de 1,4 ponto percentual, atingindo 36,2% ao ano. Para as empresas, a taxa subiu 0,6 ponto percentual, e chegou a 20%.

Para a economista Mariana Oliveira, há um cenário de preocupação, porque não parece ser um movimento muito sustentável. É uma alta muito expressiva. Mariana ainda aposta em novas altas na taxa básica de juros até o próximo ano.

Nesta semana, para controlar a inflação, houve o quarto aumento seguido, desde o mês de abril, na taxa Selic: subiu 0,50 ponto percentual e foi para 9% ao ano. Devido a maior agressividade das instituições públicas, em especial nas linhas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o saldo total de crédito no Brasil seguiu em expansão no mês de julho. O aumento foi de 0,6%, levando o estoque para R$ 2,545 trilhões.

Com as altas taxas de juros, o crédito e os financiamentos ficam mais caros para o consumidor, fator que acaba desestimulando o consumo. A mudança é explicada, em parte, pela desaceleração da economia e pelo arrefecimento do mercado de trabalho.

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