Quem procura um imóvel como investimento, quer ter uma segunda casa na praia ou no campo, ou ainda está planejando antecipadamente a compra para sair da casa dos pais ou casar, encontra no consórcio de imóveis uma opção vantajosa. Assim como o financiamento, o consórcio funciona como uma liberação de recursos para a compra de bens ou serviços, e o consumidor deve avaliar o que é melhor em cada momento.

Para o presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac), Paulo Rossi, o consumidor deve observar qual sua necessidade em relação ao que deseja adquirir e qual sua disponibilidade de recurso mensal para pagar as parcelas.

“O consórcio é um sistema de autofinanciamento que possibilita ao consumidor planejar a formação ou ampliação de patrimônio, pessoal, familiar ou empresarial. Logo, é um sistema adequado a pessoas que não necessitam imediatamente do bem ou  serviço.”, explica Rossi.

As principais características do consórcio são o baixo custo, o parcelamento de todo o valor do bem, a possibilidade de compra à vista, os longos prazos para pagamento, e a aquisição antecipada do bem por meio de sorteio ou de lance.

Segundo Rossi, “o perfil do consumidor consorciado é o de um poupador, que planeja a aquisição de bens e serviços para formação de patrimônio pessoal, familiar ou empresarial”.

O consumidor precisa fazer cálculos antes de optar por consórcio ou financiamento. No caso da compra de um imóvel, por exemplo, há a taxa de administração, que segundo dados da Abac, é em média de 0,1417% ao mês, ou 17% em 120 meses, somada à variação do INCC. Já uma simulação de financiamento mostra um custo médio de 11% ao ano.

Para comprar um imóvel de R$ 500 mil, por exemplo, no financiamento a prestação é de, em média, R$ 6.497,28, fazendo com que o consumidor pague R$ 779.673.60. Já um consórcio do mesmo valor, com taxa de administração de 17% mais 5% de INCC geraria uma prestação inicial média de R$ 4.875 e um valor total de R$ 735.806,93.