Qual é o melhor momento para comprar um imóvel?
Comprar um imóvel costuma ser a decisão financeira de maior impacto na vida de uma pessoa. Um compromisso a longo prazo e que depende de várias escolhas. Mas este é o melhor momento para essa decisão?
O consultor de finanças pessoais, Raphael Cordeiro explica, que há uma alta valorização dos imóveis, desde 2005. E que o imóvel está em um nível intermediário de investimentos, entre o mercado de ações e de renda fixa, mas é não é um investimento negociado rapidamente.
O jornal Gazeta do Povo dá o exemplo do mercado Imobiliário do Paraná. Em Curitiba, os imóveis vêm registrando uma trajetória de forte valorização. O preço do metro quadrado total de um apartamento usado de três quartos, por exemplo, se valorizou em média 23,2% ao ano entre 2005 e 2009, segundo dados do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar). O metro quadrado total passou de R$ 779 para R$ 1,8 mil.
“Os preços dos imóveis vão continuar a subir, mas não na mesma proporção da que se viu nos últimos anos. Curitiba era uma das capitais mais baratas do país e fez uma valorização rápida de preços nos últimos anos. A meu ver, a grande correção já foi feita”, diz André Paes, professor do FAE Centro Universitário e diretor da consultoria Infinity Asset Management.
Para quem pretende trocar o aluguel pela casa própria, o momento é “agora”, na avaliação de Marcos Kahtalian, consultor do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Paraná. Além da Caixa Eco¬nômica Federal, os demais bancos privados vêm reforçando a aposta nesse segmento.
Há também a possibilidade de planejar a compra do imóvel através do Consórcio de Imóveis. A vantagem é que o consumidor poderá simular no site a prestação ideal para o seu orçamento. Além da vantagem de poupar, o consorciado poderá ser sorteado ou dar o lance para adquirir o imóvel, usufruindo assim do bem sem pagar juros.
O ideal, segundo os especialistas, é que a entrada seja de 30% a 40% do valor do imóvel para, assim, deixar a prestação mensal a menor possível. O gerente regional de negócios para construção civil da Caixa Econômica, Gueber Roberto Laux, recomenda que o comprometimento da renda não supere 25% – embora o limite seja de 30% –, para manter uma folga no orçamento em caso de dificuldades.
Para os analistas, que conversaram com o Jornal Gazeta do Povo, o mercado imobiliário deve seguir aquecido nos próximos anos, no embalo do crédito. Projeções de consultorias e instituições financeiras estimam que a proporção do crédito sobre o Produto Interno Bruto (PIB) deve alcançar 53% em 2010. O crédito imobiliário é o que mais tem potencial para crescer – representa hoje cerca de 3% do PIB brasileiro, bem inferior à proporção encontrada em países como Chile (11%), México (15%) e Espanha (60%).