A adesão à novas cotas de consórcios tem crescido anualmente na casa dos 4% no Brasil nos últimos dez anos. Estes números configuram o Sistema de Consórcios como uma das ferramentas financeiras que mais promissoras do país.

Durante  curso proferido a jornalistas em Porto Alegre, representantes da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) apresentaram números de desempenho do Setor de Consórcios e falaram sobre medidas que têm estimulado seu desempenho, como a liberação de Fgts para a compra de imóveis por e benefícios oriundos da Legislação de 2008.

Entre janeiro e setembro de 2010, foi comercializado no Brasil  1,5 milhão de cotas. Foram contemplados 731 mil cotistas neste ano. O montante de volume comercializado teve alta significativa, passando de R$34,9 milhões para R$45 milhões, elevação de 28,8%.

Apenas o Consórcio de Imóveis movimentou R$15,6 milhões, com alta de 24% sobre os primeiros nove meses do ano anterior.

O segmento de motos por exemplo,  teve 880 mil cotas vendidas nos primeiros nove meses no ano corrente. Isso representa 35% do mercado brasileiro de motocicletas.

O maior crescimento ocorreu no Consórcio de Serviços (96% na comparação dos períodos), onde muitos consumidores começam a planejar através do consórcio festas de debutantes, tratamentos odontológicos, viagens, etc.

Por ser um sistema de compra planejado, que não exige do cliente imediatismo na aquisição de bem ou serviço, o segmento tem se beneficiado com a melhoria da renda das classes C e D.  No primeiro momento, este consumidor comprou imóvel e automóvel 0 Km, além de serviços e eletroeletrônicos, e agora já começa a colocar o Consórcio no planejamento para trocar de bens à médio prazo.

Elaine Gomes, diretora do Departamento Jurídico da Abac, explica que a autorização de uso do Fgts para Consórcios de Imóveis, concedida pelo Governo Federal no início do ano, apresentou alguns problemas com burocracia e liberação de verbas no começo, mas já está normalizada, e conta com adesões crescentes dos brasileiros.