Editora Saraiva lança guia para comprar a casa própria
De linguagem fácil e direta, o livro Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio acaba de ser lançado pela Editora Saraiva. A publicação é de autoria de Luiz Calado, economista, mestre em Administração, vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (IBEF) e gerente da área de educação da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).
Com material vasto, mas tratado de forma objetiva, o livro auxilia o leitor na busca pelo primeiro imóvel da família, passando por como se preparar para o processo da documentação, e segue dando conselhos para quem pretende investir nessa área. À Gazeta do Povo, Calado respondeu algumas dúvidas cruciais de quem está na luta pela casa própria. Confira:
Sair para visitar alguns imóveis à venda é um bom caminho para procurar a casa própria?
Não. Se você procura um imóvel para morar, antes de iniciar as visitas precisa entender bem o quanto você pretende gastar, e quais as características do imóvel que deseja comprar, em termos de tamanho, número de quartos, dentre outros. O ideal é escrever o que pretende fazer num papel. Como o lado emocional conta muito na hora da compra, se você não tiver mapeado bem o que quer a chance de fazer um péssimo negócio é muito grande. O que mais ocorre é a compra de um imóvel acima do valor que se consegue pagar.
Quais os principais erros que as pessoas cometem ao comprar o primeiro imóvel?
É raro acertar na primeira vez, em tudo na vida. Apenas a experiência nos permite melhorar. Um grande erro que as pessoas cometem é não se preparar adequadamente para o desafio que é fazer um bom negócio com imóveis. É essencial ler muito a respeito, manter-se atualizado e conversar com pessoas que compraram imóveis. Sinto que o assunto ainda é tabu na nossa sociedade, as pessoas não se sentem bem em falar sobre o financiamento que obtiveram, sobre a negociação para tentar obter um preço melhor, etc. Sem essa conversa franca e um estudo mais dedicado, é muito difícil aprender sobre o assunto.
No Brasil, a compra de um imóvel é, na maioria das vezes, um processo de endividamento, já que a maior parte dos brasileiros só consegue adquirir a casa própria por meio de financiamento com taxas muito altas. Qual a dica para deixar essa dívida a menor possível?
Economizar para dar uma entrada parruda. Assim se consegue uma parcela menor, ou ainda um prazo para quitação menor. Os economistas e especialistas em Finanças Pessoais sempre recomendam que as parcelas do financiamento não devem ultrapassar 30% da renda da família.
Há uma hora certa para vender o imóvel?
Sim. As famílias vivem ciclos. Nossos filhos nascem, o que nos motiva a morar em um lugar maior. Depois chega a hora dos filhos deixarem o lar, fazendo com que seu quarto fique sem utilização. A hora certa para vender o imóvel é bem antes desses acontecimentos. Só com tempo se consegue fazer um bom negócio. A pior coisa é uma família precisar, desesperadamente, vender um imóvel porque percebeu que está numa casa menor (ou maior) do que gostaria.
E para comprar o segundo imóvel?
O fato de já ter passado pela experiência de comprar um imóvel, pode fazer com que a aquisição do segundo, geralmente para investimento, torne-se equivocada. A dica é não comprar um imóvel pensando no que é bom para a sua família, mas sim pensar em algo que o mercado irá demandar. Por exemplo, algumas regiões têm falta de apartamentos pequenos, de um quarto. Aqueles que se anteciparam à demanda por essas residências, estão muito contentes, possuem algo com boa renda de aluguel e que se valorizou.
Além das dicas do economista Luiz Calado, você também pode conferir o Comparativo entre financiamento e Consórcio de Imóveis.