BC alerta que elevação nas taxas de juros será ainda maior

Por 1consórcio
Publicado em: 28/01/2011 | Atualizado em: 24/01/2017

Reflexo das medidas adotadas pelo governo, para frear o consumo e conter a inflação, o aumento nos juros que se fez sentir em dezembro (2010) deve seguir a tendência, de acordo com estimativa do chefe do Departamento Econômico do Banco Cenral (BC), Altamir Lopes.

“O que observamos para o mês de dezembro, em especial, é a elevação das taxas para as famílias, que já era esperada em função das medidas macroprudenciais adotadas. A expectativa que se tem é de continuidade de elevação dessas taxas para modalidades voltadas para o consumo”, disse o economista, ao divulgar o comportamento do crédito ao longo de 2010.

Em dezembro, o crédito pessoal passou de 42% para 44% ao ano, enquanto para aquisição de veículos variou de 22,8% para 25,2%. Para as demais aquisições houve recuo, de 48,3% para 47,9%.

De acordo com os dados para as operações prefixadas, a taxa do cheque especial fechou 2010 em 170,7% ao ano, com elevação de 1,3% em comparação com novembro, quando a taxa ficou em 169,4%. Aumenta a procura por crédito consignado, que em 2010 cresceu 27,4% em volume. A taxa média para esta modalidade ficou em 27,5% ao ano em dezembro, ante 26,1% em novembro.

Para pessoas físicas e jurídicas, informou o BC, a taxa média de juros elevou de 34,8% ao ano em novembro, para 35% ao ano em dezembro. Isoladamente e em relação ao cobrado das pessoas jurídicas, os juros para pessoas físicas tiveram maior elevação, passando de 39,1% para 40,6%. A taxa para pessoas jurídicas operou no movimento inverso, caindo de 28,6% para 27,9%.

Apesar da elevação do juro médio, em dezembro o spread (diferença entre a taxa de captação e a taxa que o banco cobra para emprestar) manteve-se praticamente estável no período, com variação de 23,6% para 23,5%.

 

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